Para Vocês...
O céu, as estrelas, o mar, e "só" um pedaço da lua. Porque a outra metade já é minha... (risos)!


21 de jan. de 2011

Onde estão as nossas grades?

Imagem/Internet

Um Texto escrito por Cícero Braz...

ONDE ESTÃO AS NOSSAS GRADES?

Hoje, comecinho da tarde, como sói acontece toda semana, fui visitar um grande amigo meu, de longo tempo, que está tolhido de sua liberdade há dois meses em função do algo que cometeu e, se não fosse grave, essa situação não estaria desenhada. Não tecerei comentários sobre o que aconteceu, pois a literatura de cunho policialesco ainda não é meu forte. O outro lado da moeda, do humano, do ser, atrai-me com fervor.

Em função de meu grau de amizade, minha proximidade com esse amigo, perguntas vêem-me à exaustão, muitas vezes trazendo em seu bojo uma possível condenação. Claro, qualquer pessoa tem o direito de ter sua opinião sobre qualquer assunto, mas, ao emitir juízo de valor, muitas vezes se incorre em erro. Como disse há pouco, não tenho o pendor das crônicas policiais, portanto, considero, com naturalidade, as questões que me são dirigidas.

Falava sobre minha visita de hoje à tarde. Hoje, a dimensão do conceito de liberdade aflorou-me tão fortemente e de forma tão violenta a ponto de uní-lo ao da prisão. Ali entre nós dois, a nos separar, uma meia parede e uns ferros, formando uma grade. Ali, entre nós dois, dois sorrisos com significados distintos: o meu, com o alívio da liberdade, o dele com a esperança de reavê-la. Dois mundos diferentes, mas, por mais paradoxal que se lhes pareça, dois conceitos estritamente iguais. Como poderia ser dessa forma?

O mundo estava ao meu lado,ali, a dois passos, ou alguns degraus abaixo. Bastavam meus passos para desfrutá-lo da forma que melhor me aprouvesse. O dele, vários passos para trás e a pequenez de uma cela, dividida com outros, com certeza, não iguais a ele. Estarei eu, também, emitindo juízo de valores? hão de me perguntar vocês. Por que posso afirmar isso se cada um tem sua história para contar, se cada um tem sua inocência para provar? Comecei a percorrer as minhas grades de reflexão. Onde estão minhas jaulas, minhas feras, que guardo? Onde não estarão as deles? Libertas, muito embora presas?

Falou-me o meu amigo: “quantas vezes eu estava em casa, sem nada a fazer e não preenchi meu tempo com uma visita a um tio que julgara indiferente à minha pessoa e hoje vejo que não é bem assim”? “ por que não li um livro, que hoje, quando recebo, divido com os outros a alegria de lê-lo? Livro, visita, alegria, tudo isso é liberdade, ainda que por trás das grades. Estarei eu solto, com o mundo e todo o tempo desse mundo a meu favor, lendo um livro? Visitando alguém a quem faz tempo que não vejo? De novo, vejo-me entre grades, estando livre. Livre para tudo, inclusive para perder minha liberdade por atos infantis, mas que têm sua mensuração ante a sociedade. Será que é preciso que nos enjaulemos, mesmo que de forma virtual, para que aprendamos a sentir o verdadeiro sabor da liberdade? Infelizmente, parece que sim e isso o meu amigo externou com seu olhar vago, trazendo, em seu bojo, o brilho da esperança e a certeza de que valorizará cada minuto de sua liberdade, revertendo em prol de quem de si está próximo minutos ociosos de sua vida, pois, pelo que depreendi, os exemplos por trás daquelas grades apenas lhe fortaleceram os ideais de justiça e valorização da liberdade.

Fui-me embora, trazendo nos meus olhos o brilho de esperança que captei nos olhos de meu amigo. Senti uma sensação de que eu estava preso aos meus conceitos, ao meu mundo restrito, às minhas grades, das quais não me desvencilhei por medo, preconceito, indiferença. Grades que me aprisionam aqui fora e que, felizmente, não carecem de um tribunal para me libertar, a não ser eu mesmo. Por outro lado, lá deixei um amigo livre, porque valorizando o conceito de liberdade, mas ela prescinde de um julgamento. Lá deixei um amigo desnudo de preconceitos e sabendo sorver o travor do erro. Lá, deixei um ser humano sem grades, solto, com olhos perscrutadores, visando a uma felicidade maior.


Cícero Braz de Almeida

"Fui-me embora, trazendo nos meus olhos o brilho de esperança que captei nos olhos de meu amigo."

Retirei apenas essa frase para não ter que transcrever todo o texto. Apenas essa frase por exprimir um dos mais puros dos sentimentos e a mais pura reflexão e compreensão sobre a vida, liberdade e sobre ESPERANÇA. Foi a expressão mais doce e a sensação de liberdade mais forte que no momento pude sentir.
Cada palavra e cada frase do texto são de uma beleza que comove e nos move a reflexões profundas. Pude está diante dos nossos fracassos, inseguranças, dos nossos encontros e desencontros, dos nossos conflitos e ansiedades, das nossas fragilidades...
Braz, você hoje me deixou calada e pensativa por vários momentos.
Amigo... Fiquei emocionada!
Não poderia deixar de postar no meu blog.

Mara

21/01/2011

18 de jan. de 2011

Um anjo chamado Edilson

Foi numa manhã de quinta-feira. O céu bem aberto e pintado de azul abria as suas portas para receber o seu mais novo morador. O céu estava em festa. Dentro de nós, o choro e o vazio. Mas naquela manhã de intenso sofrimento, você meu cunhado, não suportando tamanha dor, como um anjo de asas brancas e largas, deu um adeus e alçou vôo em direção aos céus. Intimamente, todos nós imaginávamos que isso pudesse acontecer. O seu peito já não mais suportava tamanha dor. A sua respiração curta já não mais atendia o seu comando. O seu corpo frágil impedia os seus movimentos mais festivos. E neste dia, 07/10/2010 às 06h00min da manhã, você partiu. Partiu deixando uma forte e dolorosa saudade. Partiu deixando-nos sem rumo e sem norte. Partiu deixando a melhor essência da sua alma. Partiu deixando o seu maior e melhor perfume e o seu maior tesouro: a sua bondade, generosidade, a sua honradez, a sua candura, o seu jeito silencioso e correto. Um homem íntegro como nenhum outro. Um pai dedicado e atencioso, um marido fiel, um avô atento, um amigo de todas as horas. Partiu despedindo-se dia a dia, noite após noite… Seja no toque das mãos, seja no seu olhar triste e sereno, quando, os seus olhos falavam de uma forma tão clara, mesmo sem emitir uma única palavra. Mas não queríamos enxergar. Não queríamos aceitar. Procurávamos uma fórmula mágica que pudesse reverter aquele quadro. Procurávamos uma luz no final do túnel. Mas o momento havia chegado. Deus o chamou. E você, aliviado, descansou.

Você é um anjo, meu cunhado. Um anjo brilhante! Você sempre foi um grande amigo e um grande irmão do coração de muitos que cruzaram o seu caminho. Obrigada pela sua alegria e carinho. Obrigada pelos tantos e tantos dias festivos em que, em família, convivemos.

Existem pessoas que são anjos. Anjos disfarçados de gente. E você Edilson, é um anjo que Deus nos enviou, para sempre estar abençoando as nossas vidas.

Sua Cunhada,

Lana Mara Thiers

10/10/2010


2 de jan. de 2011

Felicidaaaaade!!!!

Geeeente... Papai Noel existeeeee! Ho! Ho! Ho!...
Hoje estou de volta... Com malas, e sem mais bilhete de passagem.
Cheguei pra ficar!
Passei cinco meses com o meu blog na geladeira. Estava lá, quietinho. Calado e solitário...
Mas cheguei para novamente alimentar a cria. E hoje, só hoje, depois desses largos e longos meses de ausência, estou de volta. Uhuuu!
E nesse segundo dia do ano de 2011, cá estou eu. Simples assim.
Meu nome? FELICIDADE!!!!