Para Vocês...
O céu, as estrelas, o mar, e "só" um pedaço da lua. Porque a outra metade já é minha... (risos)!


28 de fev. de 2011

Um pouco Clarisse...

" Minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem de grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite."
Clarisse Lispector

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Somos um pouco Clarisse... Sou. Mas só um pouquinho...
Pois solidão e melancolia não fazem parte da minha biografia; e nem tampouco, moradia nessa terra da minh'alma... Tenho uma veia vibrante e felicidade quase constante. Posso chorar rios... Basta um toque sutil de indelicadeza. Posso também rir uma noite inteira. Mas uma noite inteira só, não me basta!
Mara Thiers

19 de fev. de 2011

Pressentimento ou Coincidência???...

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Morre Assis... Bancário aposentado, advogado, e amigo de Edilson Sobreira da Cruz (meu cunhado), que também, partira há quatro meses atrás... Quem diria... Aparentemente bem, e sempre disposto, era ele quem, ultimamente, acompanhava (como advogado e amigo) a minha irmã Marlísia, para resolver questões junto ao Banco do Brasil. Uma luta diária e interminável com papéis, números, assinaturas, pagamentos, documentos... Além de todo o desgaste das tantas idas e vindas, da falta de informações, comunicações... E o Banco, e aí vai uma crítica (mesmo não sendo a hora, e nem o momento), sequer deixa os olhos de uma viúva secarem... Bloqueia contas, burocratiza, e arremessa de imediato uma bomba relógio nas mãos de uma mulher, ainda em sofrimento. Mas deixa, esse, é outro assunto a ser colocado em um outro dia. Bem, quando recebi a notícia do seu falecimento, a minha irmã comentava como a vida é imprevisível e surpreendente. Ontem, ele, em meio aos papeis e ao trabalho (também escrevia para vários jornais e blogs de Juazeiro), e hoje, infelizmente, acomodado num outro espaço. Mas com certeza, bem feliz! As pessoas do bem encontram, de imediato, o seu caminho. Bom, depois da nossa conversa, o meu sobrinho me enviou uma crônica que foi escrita por ele no dia 8 de fevereiro (a sua última crônica). Escrita antes da sua viagem para São Paulo. E isso, foi o que me deixou perplexa! Vocês irão entender quando lerem... Hoje, mais do que nunca, acredito fielmente que, de alguma forma, nós pressentimos quando o momento se aproxima. Existe algum toque, algo mesmo que sutil... um pensamento que passa rápido, sei lá... Quando o dia chega, algo dentro de nós acontece... Acredito sim!

Os meus sentimentos à família Vejam o conteúdo do seu texto:


*** Agora é sua a vez de ir.

Assis Ferreira *

“Detesto viajar. Todavia, vez por outra tenho de sair de casa. É o caso de agora. Dia 09 (quarta-feira), estarei sendo puxado para um avião por Lucas (meu caçula) a São Carlos (SP) para a colação de grau de André.Diz André que lá não está fazendo frio. Para mim, frio de 18°C já é muito. Mas, ou a língua ou o beiço, como dizemos de fazer algo com muito sacrifício. Vou.Lucas, não. Lucas é andarilho de primeira. Para ele, ir a São Paulo é como ir à venda da esquina. Inventa qualquer coisa para viajar. Mas, sabendo ele que eu detesto viajar, combinou comigo de tomarmos avião aqui, embora em Fortaleza pagássemos menos pelas passagens: “Se formos por Fortaleza, a demora da conexão [mudança de avião] é grande, o senhor vai-se chatear… Vamos daqui, certo?” Certíssimo! Pior do que viajar e do que frio é altura. Vão anos, subi em casa para consertar umas telhas. Quem disse que tive coragem de descer? Parecia-me estar nas nuvens! Quase pedi bombeiros, que também servem para descer gente de casa, de árvore. Tomei uma decisão: vou fazer de conta que não estou viajando, porque a milhares de metros do chão tudo é céu. E torcer para que não haja turbulência, para não enjoar. Também não vou pensar que uma queda daquelas alturas faz a gente em pedaços. Nem que se cair no mar e tiver a infelicidade de ficar vivo, morro gelado, morro afogado, e sou comido por peixe como uma isca um pouco grande. Menos ainda que não sei nadar. E mesmo que soubesse, em que direção nadar para terra? Quantos dias e noites teria de nadar sem parar para dar a terra? Também não vou pensar que embora o mar tenha muito peixe e muita água, mata de sede e de fome. Tudo considerado, o ideal seria pedir que me anestesiassem por umas duas horas. Mas não. Verei se encontro alguma coragem de que faça um chá forte. Bebo o chá e meto os peitos. Dê o bicho que der, tenho de ir.Até Maria está contra mim: “Agora é sua a vez de ir.”

11 de fev. de 2011

Sobre Direitos Autorais...

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Lendo alguns textos pela internet e fazendo algumas pesquisas, encontrei um artigo escrito por Eliane Yachouh Abrão [formada e pós graduada em Direito pela USP, especialista com mais de 30 anos de atuação no Direito de Propriedade Imaterial, inclusive com destacada formação no exterior], falando sobre direitos autorais que eu achei simplesmente perfeito. E como é um assunto que interessa a todos nós, vejam o link logo abaixo.
Aqui no blog, como é um texto bem amplo, retirei apenas um parágrafo.

***

O que é e o que não é Direito Autoral

“A Internet não representa nenhuma mudança nos direitos autorais: todo livro, toda melodia, todo poema, toda obra, enfim, que todo mundo sabe que foi feita por outro que não você, que tem dono, tem de ser usada com respeito ao conteúdo e à integridade, e se o dono o consentir. O que é respeitar? É não modificar a obra, nem fazer modificações que alterem o pensamento de seu criador, quando se utilizar da obra em nome dele. É, também, não usar ou comercializar nada que não lhe pertença, sem pedir a devida e necessária autorização da pessoa física que a criou, ou da jurídica que adquiriu por contrato a condição de autor (o que, juridicamente, se chama de titularidade).
A regra vale para qualquer mídia, e a Internet é só mais uma (nova) mídia.”

http://www2.uol.com.br/direitoautoral/artigo04.htm

O que é e o que não é Direito Autoral /por Eliane Yachouh Abrão, São Paulo, Brasil, publicado Mercado Global, 4º Trimestre/2002, nº 112, p. 64/71

9 de fev. de 2011

Loucos e Santos

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.

Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.

Quero-os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta.
Não quero só o ombro ou o colo, quero também sua maior alegria.

Amigo que não ri junto não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.

Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice.
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto e velhos, para que nunca tenham pressa.

Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que normalidade é uma ilusão imbecil e estéril."

Oscar Wilde