Para Vocês...
O céu, as estrelas, o mar, e "só" um pedaço da lua. Porque a outra metade já é minha... (risos)!


19 de fev. de 2011

Pressentimento ou Coincidência???...

Imagem/Internet


Morre Assis... Bancário aposentado, advogado, e amigo de Edilson Sobreira da Cruz (meu cunhado), que também, partira há quatro meses atrás... Quem diria... Aparentemente bem, e sempre disposto, era ele quem, ultimamente, acompanhava (como advogado e amigo) a minha irmã Marlísia, para resolver questões junto ao Banco do Brasil. Uma luta diária e interminável com papéis, números, assinaturas, pagamentos, documentos... Além de todo o desgaste das tantas idas e vindas, da falta de informações, comunicações... E o Banco, e aí vai uma crítica (mesmo não sendo a hora, e nem o momento), sequer deixa os olhos de uma viúva secarem... Bloqueia contas, burocratiza, e arremessa de imediato uma bomba relógio nas mãos de uma mulher, ainda em sofrimento. Mas deixa, esse, é outro assunto a ser colocado em um outro dia. Bem, quando recebi a notícia do seu falecimento, a minha irmã comentava como a vida é imprevisível e surpreendente. Ontem, ele, em meio aos papeis e ao trabalho (também escrevia para vários jornais e blogs de Juazeiro), e hoje, infelizmente, acomodado num outro espaço. Mas com certeza, bem feliz! As pessoas do bem encontram, de imediato, o seu caminho. Bom, depois da nossa conversa, o meu sobrinho me enviou uma crônica que foi escrita por ele no dia 8 de fevereiro (a sua última crônica). Escrita antes da sua viagem para São Paulo. E isso, foi o que me deixou perplexa! Vocês irão entender quando lerem... Hoje, mais do que nunca, acredito fielmente que, de alguma forma, nós pressentimos quando o momento se aproxima. Existe algum toque, algo mesmo que sutil... um pensamento que passa rápido, sei lá... Quando o dia chega, algo dentro de nós acontece... Acredito sim!

Os meus sentimentos à família Vejam o conteúdo do seu texto:


*** Agora é sua a vez de ir.

Assis Ferreira *

“Detesto viajar. Todavia, vez por outra tenho de sair de casa. É o caso de agora. Dia 09 (quarta-feira), estarei sendo puxado para um avião por Lucas (meu caçula) a São Carlos (SP) para a colação de grau de André.Diz André que lá não está fazendo frio. Para mim, frio de 18°C já é muito. Mas, ou a língua ou o beiço, como dizemos de fazer algo com muito sacrifício. Vou.Lucas, não. Lucas é andarilho de primeira. Para ele, ir a São Paulo é como ir à venda da esquina. Inventa qualquer coisa para viajar. Mas, sabendo ele que eu detesto viajar, combinou comigo de tomarmos avião aqui, embora em Fortaleza pagássemos menos pelas passagens: “Se formos por Fortaleza, a demora da conexão [mudança de avião] é grande, o senhor vai-se chatear… Vamos daqui, certo?” Certíssimo! Pior do que viajar e do que frio é altura. Vão anos, subi em casa para consertar umas telhas. Quem disse que tive coragem de descer? Parecia-me estar nas nuvens! Quase pedi bombeiros, que também servem para descer gente de casa, de árvore. Tomei uma decisão: vou fazer de conta que não estou viajando, porque a milhares de metros do chão tudo é céu. E torcer para que não haja turbulência, para não enjoar. Também não vou pensar que uma queda daquelas alturas faz a gente em pedaços. Nem que se cair no mar e tiver a infelicidade de ficar vivo, morro gelado, morro afogado, e sou comido por peixe como uma isca um pouco grande. Menos ainda que não sei nadar. E mesmo que soubesse, em que direção nadar para terra? Quantos dias e noites teria de nadar sem parar para dar a terra? Também não vou pensar que embora o mar tenha muito peixe e muita água, mata de sede e de fome. Tudo considerado, o ideal seria pedir que me anestesiassem por umas duas horas. Mas não. Verei se encontro alguma coragem de que faça um chá forte. Bebo o chá e meto os peitos. Dê o bicho que der, tenho de ir.Até Maria está contra mim: “Agora é sua a vez de ir.”

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